
mentoria na transição para a autonomia

a nossa história
O projeto meta nasceu no Laboratório de Inovação Social do Porto, através do 1º concurso de ideias do Centro de Inovação Social do Porto. Um grupo de amigos, certo de que havia muito para fazer pelos jovens e pela educação em Portugal, juntou-se em maio de 2023 para pensar num projeto.
Em julho de 2023, candidatamo-lo e fomos passando de fase em fase, robustecendo a ideia e concretizando-a num programa sólido. Em dezembro de 2023 recebemos a notícia de que o projeto meta era um dos cinco finalistas a ser financiado pelo município do Porto. Em janeiro arrancamos os trabalhos.
A problemática sobre a qual o projeto atua é a vulnerabilidade social dos jovens que saem do acolhimento residencial para a autonomia de vida. A ausência de figuras de referência positiva na infância e juventude é uma realidade. Uma realidade que ganha outros contornos quando falamos de jovens em situação de acolhimento. Para se perceber… Segundo o Relatório CASA da Segurança Social, em 2022, a negligência, nas suas mais variadas formas, foi a maior causa que motivou situações de acolhimento. Nesse ano, foram cerca de 2.200 as crianças e os jovens que entraram em acolhimento. Saíram 2.250. Muitos deles sem suporte algum fora do contexto institucional…
Também em 2022, existiam cerca de 850 jovens em situação de acolhimento residencial no Porto. Um número que só fica atrás de Lisboa e Braga.
As externalidades negativas desta problemática vão muito além da falta de acompanhamento no processo de transição para a vida adulta. Refletem-se no futuro destes jovens (nas suas ambições e expetativas, bem como na sua integração plena na sociedade) e, ao mesmo tempo, no futuro da sua comunidade/cidade.
o problema
a solução

A evidência científica demonstra que a existência de uma figura de referência na vida de um adolescente promove o seu desenvolvimento pessoal e social e que um forte sentimento de pertença permite a construção da identidade própria e grupal (Peixoto, Martins, Pereira et al, 2001).
Perante isso, o projeto meta procura, através de um programa de mentoria entre jovens em situação de acolhimento (mentees) e agentes comprometidos da sua comunidade (mentores), mitigar a vulnerabilidade social destes jovens na transição para a autonomia, com a construção de redes de suporte de longo prazo, envolvimento comunitário e partilha de experiências significativas fora do contexto institucional.
Através do poder da mentoria 1 para 1 (personalizada e individualizada) e dos encontros comunitários, procuramos:
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Estabelecer relações significativas, horizontais e duradouras, fora do contexto de acolhimento;
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Criar sentimento de pertença a um grupo/comunidade;
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Apoiar o processo de transição para a vida adulta dos jovens em situação de acolhimento;
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Apoiar na definição e concretização de objetivos pessoais e profissionais de jovens em situação de acolhimento, tais como voltar a estudar, ingressar no Ensino Superior, integrar o mercado de trabalho, aprender uma língua, fazer um plano financeiro para arrendar um quarto, etc.;
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Melhorar competências relacionais, emocionais e funcionais dos jovens em situação de acolhimento;
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Aumentar a participação cívica e o envolvimento dos mentores com a comunidade local.

a nossa missão
Potenciamos relações positivas, horizontais e significativas, fora do contexto institucional, capazes de criar sentimentos de pertença à comunidade e de suportar o processo de autonomização.
a nossa visão
No futuro, todos os jovens estarão verdadeiramente integrados na sociedade e terão relações potenciadoras de percursos de sucesso, independentemente do seu passado.
1
empatia
Criamos vínculos sólidos e duradouros, respeitando as histórias e individualidades de cada um.
2
transformação
Promovemos a transformação social através do desenvolvimento integral, dando oportunidade a que cada indivíduo seja o protagonista do seu projeto de vida
3
equidade
Defendemos que todos devem ver os seus direitos assegurados, independentemente das suas particularidades, assim como reconhecemos que essas particularidades devem ser tidas em conta na intervenção.
1
empatia
Criamos vínculos sólidos e duradouros, respeitando as histórias e individualidades de cada um.
2
transformação
Promovemos a transformação social através do desenvolvimento integral, dando oportunidade a que cada indivíduo seja o protagonista do seu projeto de vida
3
equidade
Defendemos que as especificidades de cada um de nós devem ser respeitadas e tidas em conta na intervenção. Acreditamos que são estas particularidades que nos tornam únicos.
4
responsabilidade
social
Desenvolvemos e potenciamos a participação cívica da comunidade, contribuindo para um movimento que cremos ser fundamental para uma sociedade mais justa e igualitária.
5
integridade e confidencialidade
Protegemos os dados pessoais e informações confidenciais de forma a garantir a segurança, tendo sempre em conta os interesses do público intervencionado.
os nossos valores
a nossa metodologia
Recrutamos, de forma muito rigorosa, agentes da comunidade comprometidos (mentores) para serem figuras de referência e estabelecerem uma relação com um jovem em situação de acolhimento (mentee).
Depois, com base numa análise minuciosa dos interesses e das necessidades dos jovens bem como nas expectativas e nas forças dos voluntários propomos o match ao jovem, para que ele tenha a última palavra da decisão.
Semanalmente, ao longo de 4/5 meses, mentor e mentee encontram-se (encontros 1:1), com o objetivo de criarem relação e de trabalharem as necessidades encontradas. É esperado que no final desses meses, existam relações sólidas que durem no tempo.
Para que isso aconteça, damos especial relevância ao acompanhamento e à formação inicial e contínua dos mentores, bem como a encontros comunitários mensais. Queremos que mais do que relações individuais, os jovens tenham ao seu dispor uma comunidade (equipa, mentores e mentees) com quem possam contar.
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mês
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semana
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Encontros 1:1
Encontros Comunitários
*gráfico representativo
parceiros dos encontros



